Estranha forma de vida

Sim já lá cantava a Amalia, da sua tambem estranha forma de vida. Seus fados, eram sua vida. Pelo que vi no filme e sem poder percisar a 100% a sua veracidade, só Amalia poderia fazer isso, tinha tambem ela uma vida triste. Vivia, tinha sua familia, suas canções, viajava, mas...tinha uma vida triste. Uma estranha forma de vida.
Eu tenho uma estranha forma de vida, e não estou sozinha. Comigo estão muitas mulheres e homens. Amores desencontrados, pessoas que sentem que lhes falta algo para serem felizes e não se trata de dinheiro.
No meu rol de amigos tenho de tudo, pessoas abastadas que não são felizes, pois o amor não é correspondido e tenho pessoa pobres, mas tão felizes, porque encontraram alguem. A sua metade. Aquela parte que complementa.
Quando penso em mim e nas minha experiencia de vida, eu afirmo sem sombra para duvida de que gosto de viver sozinha. Que estou bem agora. estou em paz, vivo em paz e tenho uma filha como poucas. Mas...
Aquela tristeza persiste como uma cicatriz na minha vida. Sinto que me falta algo e nem sei como descrever que embora eu nao queira meu ex marido na minha vida, é tão devastador ver alguem ao lado dele. Ver a aliança de comprometido no seu dedo. Creio ser normal, enfim ele foi meu marido por doze anos, mas é triste. Muito desolador.
Mas um dia de cada vez, ocupando meu tempo com coisas salutares. Viajar com minha filha, comprei agora sua mobilia de quarto e vai começar a dormir sozinha. Criar independencia da mamá. Vamos lá construindo nosso dia a dia. Vivendo porque meu coração não parou de bater e porque s minh princesa precisa de mim. Mas aquela tristeza, essa já sei que não me vai largar nunca, vai ser parte de mim, da minha personalidade, da base que foi meu passado e que criou a mulher que hoje sou e que me orgulho de ser. Há coisas profundamente injustas nesta vida...