Por insistência das amigas que não descansam em arranjar-me um
namorado, fui a um blind date. Sem vontade alguma, lá fui conhecer o amigo de
amigo de amigo que alguém se lembrou que poderia ser compatível comigo. Pois...
Tive um jantar agradável e a conversa foi civilizada mas divertida. Já
não me lembrava de passar bons momentos assim com alguém, cujo interesse não é
obviamente só a amizade. J
Se isto vai virar algo mais serio? Não sei...gostava que sim. Minha
filhota também ficou animada, embora não o conheça e só o irá conhecer quando
eu achar que está na hora. Não misturo, nem envolvo minha filha nos namoricos,
pois ela é meu mundo e o meu mundo eu protejo.
Mas tem sido bom, conversar sobre a vida, objetivos, sonhos, conversa fiada
por vezes, mas ouvir uma voz masculina do outro lado. Ter alguém que nos liga
diariamente, apenas porque sim.
Eu não tenho forma de prever até onde me leva esta nova situação, mas
nunca estive tão certa de meus sentimentos, em controle de minhas emoções,
ações e desejos. Namorar após um divórcio, não se torna algo fácil, pelo menos
não para quem tem caráter e não quer magoar ninguém, mas a vida segue e quando
chega a altura certa, não devemos fechar a porta. Pelo contrário devemos com a
calma e a serenidade obtida pelo período de reflexão, conseguir perceber o que
queremos, da forma que queremos. A pessoa certa virá e se não vier continuamos
bem com isso. Volto a frisar que a felicidade depende de cada um de nós, não a devemos
depositar numa outra pessoa, mas sabe bem, por exemplo, voltar a dar a mão no
cinema. Voltar a sentir o friozinho do estomago e a beleza que é o início de
uma paixão.
