terça-feira, 30 de agosto de 2011

Regresso

Hoje podia estar tempestade. Uma chuva torrencial. Podia cair granizo do tamanho de bolas de futebol que para mim o dia ia estar o mais lindo e maravilhoso. O sol iria estar como na realidade está, a brilhar no céu, forte e sem indicação de que alguém o tire hoje dali.
Hoje, minha princesa regressa das férias. Daquelas em que por quinze dias em cada ano, a levam, pelo direito legal de passar tempo com o outro lado da família dela.
Mas ela vem. Está radiante. Ela contou os dias e as horas e eu simplesmente parei meu  tempo, aguardando pacientemente seu regresso.
Desde que sou mãe minha vida gira em torno da B. Ela é criança ainda e precisa dos meus cuidados e minha atenção. Precisa dos meus carinhos e mimos. Precisa da educação certa. Precisa de mim...
Por isso, como que coloquei meus interesses depois dos dela e confesso que é algo que não me arrependerei jamais. Fiz uma escolha e vivo feliz com ela. Não é fácil ficar mais de três dias longe, mas hoje ela vem. E minha cabeça voa a pensar nas inúmeras coisas que vamos voltar a fazer juntas. Na história que terei o privilegio de lhe ler ou contar á noite. Na oração que fazemos antes de dormir. Nos puzzles complicados que ambas conseguimos decifrar e montar. Nas pinturas que fazemos. Nos passeios na praia ao fim do dia. Na simples alegria de ela se sentar no meu colo, abraçar a mim e dizer como tantas e tantas vezes diz e nunca me cansarei de ouvir : Eu amo-te muito mamã! J J J
Até já princesa! Mamã também te ama muito. J J J

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Árvore

No meio do jardim plantou talvez a árvore mais simples de todas, mas a mais especial também. Ela é forte mas ao mesmo tempo delicada e sensível. Esta árvore é de facto a mais especial. Aquela que olha com mais carinho. Nela repousa as folhas mais belas e as gotas de orvalho mais puras.
Esta árvore de aspecto franzino, alberga em si as emoções das pessoas. Alberga a almas de quem é puro, humilde, sincero. De quem ama incondicionalmente. De quem se preocupa, de quem partilha. De quem é genuinamente humano. Deveria ser a árvore que continha mais folhas e gotas de orvalho, mas na verdade é a que menos tem. No inicio era uma arvore robusta e tinha tantas folhas, que não se viam os ramos e a árvore podia sofrer tempestades que nem uma caía. Mas agora não é mais assim...as folhas vão se perdendo. As gotas do orvalho, outrora saciadoras das folhas, são negligenciadas e embora ele pudesse perguntar porque que as folhas foram caiando? Porque foi que as pessoas perderam a sua capacidade de sentir e fazer o bem, não vai ter resposta. Nunca há verdadeiramente resposta para aquilo que é como é.
Aceitar a árvore tal como ela é e tal como está não é tarefa fácil e deixa o coração apertadinho de tristeza, não era certamente o que desejava, mas é o caminho para poder chegar no fim e mesmo restante uma ou duas folhas, ficar feliz com isso...

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...