terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Saudades

Dos tempos de criança, quando brincávamos na rua, sem medo, sem que na maioria das vezes nossos pais soubessem de nós, mas também não tinham receio, porque não havia a maldade que hoje há.
Saudades das noites quentes de verão onde ficávamos, crianças e adultos até tarde, crianças a brincar ás caçadinhas e escondidas na noite, os adultos a conversar, coisas alegres, pois só recordo os sorridos e gargalhadas.
Saudades do bom dia sentido dado pelos vizinhos e estranhos.
Saudades de brincar com meus pais, que embora cansados estavam lá para nós, porque não ficavam até horas tardias da noite no trabalho ou tinham horas extras para fazer afim de o dinheiro compensar e render ate fim do mês.
Sinto saudades, sobretudo da humanidade, do ser humano. Onde e quando nos perdemos? Porque ficamos tão egoistas? Porque aceitamos hoje e que nos parece tão normal, aquilo que era impensável no passado? Porque evoluímos? Porque estamos mais abertos? Civilizados? Tolerantes?
Ou sinceramente, mais burros, egoístas, perdidos de um Deus e abandonados?
Oh sim, a ciência evoluiu, hoje já se cura isto e aquilo. Muito bem!
A educação evoluiu, sim é verdade existem menos analfabetos no mundo. Muito bem!
Mas e a humanidade? Onde anda ela?
Sim, eu sinto saudades, de quase tudo que consigo lembrar. Eram outros tempos, outra educação, outra importância que o ser humano tinha. Eram tempos tradicionais, em que os danos eram menores. Evoluir sim, sempre, mas sem pagarmos um preço demasiado elevado. Sem nos perdermos de nos mesmos!

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...