sexta-feira, 29 de julho de 2011

Solidão

Já te conheço bem, acompanhas-me á algum tempo e creio que foi sempre a ti que no fundo desejei. Para uns és o inimigo, para mim és a melhor amiga que nas piores alturas vens tomar chá a minha casa e abraças-me dizendo que vai ficar tudo bem. Que está tudo bem.
Tu não me assustas. Não, nesta fase da minha vida, nesta fase tu és meu mimo. Não sei como será o futuro, até porque nada é eterno e tudo tem um fim. Lá vão dizendo os mais velhos que a solidão mata. Será que um dia me vais assassinar?
Eu sou tua amiga agora. Vivo tão feliz contigo e ao contrário de tantas pessoas, não me dás medo. São precisamente as pessoas que me assustam. Que me fazem sentir medo e magoam.
Alguns riem de mim...Como pode alguém ser feliz com a solidão? Outros acham patético...Como se vive bem e feliz sozinho? Mas eu sei...sim, eu sei que riem de mim, porque eles mesmos não sabem lidar contigo como eu lido, que acham-me patética mas a verdade...a dura realidade é que são eles os patéticos, porque um dia, quando se encontrarem contigo de frente, não vão viver contigo de forma salutar como eu faço. Vou sentir o medo e o medo os vai destruir.
Tu és um mimo para mim, pelo menos por agora. Aceitei-te na minha vida, quando a minha vida mudou. E mudou para ficar a ser aquilo que deveria ser. Em vez de agir feito doida porque de repente fiquei sozinha com a solidão, decidi enfrentar o touro de frente, qual matador em pela arena. E eis-me aqui. Forte, segura e confiante. Foi na solidão que me encontrei, que descobri tudo o quanto sou capaz. Não podia te achar inimiga. Jamais!
E há tanto que se pode fazer contigo. Há tanto ainda para viver...só temos de saber fazê-lo! E esse segredo eu descobri...contigo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

E assim se foi...

Questiono com frequência se estarei a ser demasiado pessimista com relação ao mundo e á sociedade em que vivemos? Se estou eu a olhar o mundo com um olhar negro, quando ele até é colorido? Mas é então que ouvimos falar de Wellington Menezes e de Anders Breivik e de Eric Harris e de Dylan Klebold etc e percebemos que algo vai mesmo mal. Toda a existência humana é manchada com sangue, 99% das vezes inocente. Mas sempre piora...sempre fica pior do que estava e o egoísmo do homem fala sempre mais alto. Mas onde vai parar isto? A um extermínio total? Vamos nos matar uns aos outros para que não existam mais humanos? Mas afinal qual é o objectivo para toda esta maldade? Terá o homem a presunção de achar que é imortal? Que vai viver para sempre? Que não morre um dia?
Houve alturas que achei que Deus nos castigava com a morte, porque sou daquelas que ainda dá valor á vida e apesar de viver neste mundo e com esta sociedade, encaro sempre as coisas desta forma : até na lixeira nascem belas flores.
Mas percebi que não era um castigo. Foi a solução. Ninguém sai vencedor, desde o inicio deste jogo que chamamos vida, somos os vencidos.
O pior inimigo é nós mesmos. O amor é ainda o melhor remédio para a cura do mundo. Pena é que a cada dia esteja mais esquecido e minimamente valorizado.
Será que Deus chora ao ver o que por aqui vamos fazendo uns aos outros? Será que era esta a sociedade que deveria "reinar"?
As vezes penso que, na nossa insignificância, viver com a ideia de que ninguém nos vai salvar disto, é praticamente impossível...avassalador!

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...