Um divorcio marca muito a vida de uma pessoa. Principalmente para aquela que quando se depara com o fim do casamento, mesmo sem entender como e que ainda olha para a outra pessoa que em breve será ex, com amor e carinho.
Passamos por um enorme processo de luto, que para uns é de meses ou anos. Para outros é algo permanente e nunca mais termina. Nossa vida recolhe no coração uma raiva que vai destruir bocadinho a bocadinho o nosso bom senso, auto-domínio e amor próprio.
Quantas vezes damos por nós a usar nossos filhos contra o outro progenitor. Quantas vezes andamos a fuçar a vida do(a) ex, para saber se a nova namorada / namorado é melhor do que nós. Quantas vezes desejamos secretamente passar com o carro por cima daquela/daquele que nos destruiu o coração. :-)
A dor e a mágoa parecem nunca mais terminar e a indiferença instala-se de tal forma que nos mina o coração. Mas um dia as coisas mudam de cenário. Mesmo ainda amando, tomamos conciência ( aqueles que felizmente o fazem) de que já nada adianta e o mais importante é aceitar e conviver com a nova situação e deixar o outro(a) ir tão simplesmente... Quando o amor termina num dos lados, nada o fará voltar. NADA! E quando há volta, em 100 casos 1 apenas dá certo. Não acredito em reconciliações, quando um dos envolvidos deixou de amar.
Resta limpar os olhos, a baba e o ranho do nariz e erguer a cabeça. Parar com insultos, quisilhas e NUNCA colocar os filhos no meio como arma de guerra. Não será melhor saber que seus filhos jamais o(a) podem acusar de mentir, ludibriar para evitar que cheguem ao pai ou mãe? Eu acho que nada vale a pena fazer para evitar que uma criança esteja com o outro progenitor. As crianças precisam dos dois pais, mesmo que estes estejam separados.
E com relação há raiva, ela um dia termina. Vai embora. Dissipa-se no ar. Não a alimente. Leia, faça coisas salutares e destrua logo á partida aqueles pensamentos inimigos que só nos destroem. E repare, somos nós que o fazemos a nós mesmo. Esse é o lixo mental que temos de nos livrar, antes da raiva no coração.
E não digam que eu não sei o que estou a falar. Porque sei...
Hoje, não sinto mais raiva, nem rancor. Hoje, pouco me importava se o J estava com uma mulher e que ela fosse a Angelina Jolie. Nós somos nós, para além de maridos, namorados, mãe, pai etc....
Nós somos únicos e individuais. Temos de sempre seguir em frente. Mesmo que isso signifique seguir sozinha(o). Não há uma formula, uma cura milagrosa. Mas jamais deve desistir de si. E deve sim, fazer o que seu coração lhe dita. Mas não se humilhe. Reconheça que algo tem de mudar e mude. Não peça para voltar. Ser as sobras e receber migalhas de alguém não será para si.
Por experiência própria, não aconselho fuçar a vida do outro. Deixe-o ir simplesmente. Deixe-o ser feliz da forma que ele desejar. O vosso tempo juntos terminou, aceite-o e comece a viver a sua vida. Tem sempre tempo de recomeçar e procurar o bem estar para si e a sua paz interior.
Sabe qual é a melhor vingança??? É ser feliz...e não precisa de outro amor para o fazer. Acredite!
As coisas nunca mais serão iguais é verdade, mas não têm de forçosamente ser piores, certo??? :-)
