quinta-feira, 24 de março de 2011

A crise - parte 2

Ok, não é um filme de Scorsese, mas quase que podia ser. Entre apertos daqui, congelamentos dali, disputas entre partidos, um sorriso sempre irónico do nosso 1º, chega uma nova crise, a politica. Será que alguma vez saímos dela???

Nosso primeiro-ministro pediu demissão. Lá terá os seus motivos. Não vou dizer que foi a atitude certa ou errada, somente ele pode avaliar e a verdade é que não estamos lá para poder saber o que poderíamos fazer diferente. Na verdade até, acho que o poder das pessoas é limitado, limitado ao uso do voto, quando poderíamos fazer muito mais. Tem de haver um representante das boas escolhas populares no governo, concordo. Mas então escolhe-se aquele que pela humildade, responsabilidade, rigor, dedicação e sinceridade vai guiar e cuidar de nossas vidas. Digam a verdade, acham mesmo que quem vai para lá agora, considerando os actuais dirigentes políticos dos restantes partidos, vai fazer melhor? Vai fazer diferente? Ou vai alegar que na verdade o país está num fosso e que para sair dele se exige sacrifícios?

Não acredito no homem. O homem não sabe guiar seus passos. Não sabe ficar além do poder e da ganância do dinheiro. O homem não aceita nem se humilha. O homem é egoísta e pisa quem tiver de pisar, porque na verdade o que importa é seu próprio umbigo.

Livramo-nos de Sócrates e do seu sorriso sempre de gozo, como que dizendo fod.... todos porque eu é que mando, mas será que quem vai para lá vai fazer melhor? Vai de facto fazer as coisas de forma correcta e justa para todos? Tenho minhas dúvidas e a ver vamos o desfecho disto. Venha a parte 3 deste drama...eu e tantos outros neste pais pequeno, lá vamos contando os cêntimos para tentar chegar ao fim do mês e lutando para levar uma vida com dignidade, sem luxos ou exageros.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A crise

Ok, toda a gente fala dela. Alguns a vivem, talvez não desde agora, mas há muito tempo. Tem quem não saiba o que é viver fora de uma crise. Fora de rendimentos limitados e falta de quase tudo. Mas, a verdade é que continuo a ver os restaurantes cheios, os shoppings cheios de gente, casas continuam a se vender e dizem os entendidos, as mais caras. Enfim, tudo parece continuar na mesma. Onde anda então a crise?
Bem, ontem descobri onde ela anda, quando recebo de abono do estado, para minha filha um cheque de 2,84€. Percebi finalmente que a crise anda no governo, não no povo. Afinal como posso eu ficar com um cheque mensal de 2,84€ para "ajudar" nas despesas com minha filha menor, quando certamente esses 2,84€ fazem mais falta ao meu pais?
Fiz o que qualquer cidadã patriota deve fazer, fui á segurança social e educadamente doei o cheque de 2,84€ ao meu governo e informei que podem ficar com minha doação mensal, porque de pouco me ajuda os 2,84€, considerando que sou mãe solteira, tenho renda para pagar, infantário e as despesas gerais de qualquer familia, com um rendimento , acreditem, muito limitado. Mas certamente o rendimento do governo deve ser ainda pior e com tantos "filhos" na assembleia e nos mais altos cargos de empresas publicas e privadas para sustentar, como poderia eu ser tão egoísta?

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...