O ar sai com dificuldade e com mais dificuldade ainda ele entra nos pulmões. O sufoco é quase inevitável e a pressão no peito aumenta. O coração bate mais forte e o descontrole instalasse no corpo. Neste corpo já de si tão frágil.
Este desassossego que vai tirando o sono e encurtando o descanso. Transformando a noite num pesadelo enervante, com os olhos abertos e a mente desperta. Mente essa que trabalha, trabalha e trabalha, mas não é produtiva.
Não há sossego...Não vem ninguém passar a mão pelo cabelo, dar um abraço e dizer que vai ficar tudo bem. E eu sei que não vai ficar tudo bem...
E aquele adamastor continua a assombrar nossas vidas...Circula ao nosso redor, como um tubarão atrás da sua presa. Este adamastor que eu subestimei...como eu o pude subestimar?
Este adamastor foi sempre um monstro astuto...E ainda assim, é ao mesmo tempo um verme. Um verme viscoso, nojento, fedorento.
Falham-me a forças, quebram-se perante a impotência da falta de justiça e uma lei cega. De uma fogueira de vaidade, ego, desejo, que nos transportou para o deserto seco da maldade humana.
E os dias passam, o desassossego aumenta e o túnel escuro alongasse na minha vida e eu não consigo sair. Não há perspectivas sequer de ver o fim dele. A tão desejada luz...
Tenho medo deste escuro. Sinto frio. Caminho devagar na incerteza, porque não vejo o chão. Não sei o que está há minha frente. Para onde foi a guerreira?
Deus, por favor...EU QUERO SAIR...