sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Há um inverno em mim...

Como os dias chuvosos, que apesar de ser verão, está inverno. Frio!
Deixei a minha vida passada lá, aonde morei por 8 anos e aonde eu me sentia em casa. Vivi meu casamento lá e lá nasceu minha filha, lá era afinal o meu porto de abrigo e agora sinto-me uma sem abrigo. Sinto-me sem rumo, num porto, num dia de frio e vento, cinzento, chuvoso e que a chuva cai sobre mim para me castigar de todas as más escolhas e más decisões. Será que a minha vida podia ter sido diferente se eu tivesso optado por outra escolha, outra decisão?
Ficou dificil suportar casa, e todo mais sozinha. Ficou dificil ver a prestação da minha casa aumentar a olhos vistos e ver meu ordenado a não cobrir tudo. Tive de tomar mais uma escolha e decisão. Perder tudo e voltar atrás. Essa foi a minha escolha, porque minha filhota precisa de mim, precisa de roupa, comida e um lar digno para viver. Confortavel. Ela não entende o que a mae esta a sentir, para ela estar a morar na casa do avo é bom. Para ela dormir no quarto que a mae dormia em pequena é bom. Espero que ela nunca venha a saber o sofrimento silencioso que estas coisas provocam no ser humano. Ainda tentei reajustar credito, mas impossivel. Não havia solução para quem esta sozinho e com um spreed altissimo, pois o risco é maior dizem eles.
Como eu gostava de ser criança, e dançar ao som da musica inocente de não entender nem conhecer a maldade da sociedade e do mundo...
Mãe, perdi...desculpa porque falhei!
Há um inverno em mim....

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Há espera de um milagre !

Recebi uma data para entregar parte da minha vida. E desde este estranho, mas já esperado, telefonema, tenho a minha vida há espera de um milagre. Os dias vão passando e o dia marcado está a chegar! E nada de milagre!

Dias, semanas, anos, recordações de coisas que não voltam, tudo perdido. Ficam na minha memória, mas um dia também terminam, perdem-se no ar como cinzas a voar.

A vida é injusta, para os justos. A sociedade penaliza os sonhos de uma jovem mulher, que apenas procurava a sua independência.

De tudo o que já perdi na minha vida, isto é o que mais me custa. Não sei o meu futuro, não sei se alguma doença inferna me vai assolar. Não sei se meu mundo vai desabar ainda mais, mas existem coisas que custam perder na nossa vida.

Resta o positivismo de pensamento : Amanhã é um novo dia e vão-se os anéis mas ficam os dedos.

Mas que um milagre vinha a calhar, lá isso vinha!

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...