sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amizade

Sinto saudades de ti, de quando corriamos livres, jogavamos a bola, brincavamos com as bonecas, depois crescemos e começamos a fazer coisas de adulto. Nossas ferias, nossas festas, nossos telefonemas longos, os mexericos, as desilusões, o amor, o desamor. A cumplicidade que unia dois amigos. Amigos de verdade.
Sinto saudades das amizades de outrora, mais verdadeiras, mais reais, mais humildes...sinto saudades da humanidade!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lagrimas salgadas no chão da sala

Ela caiu...jogou-se no chão de joelhos e deixou as lágrimas cair. Não havia respostas para os seus porquês. A magia tinha ido embora, a alegria, a paixão, o desejo. O amor...
Naquele chão negro e frio, caiam suas lágrimas e seu futuro ficou ali, diluído em agua salgada que deitava de seus olhos. Um bebe chorava no quarto...sua respiração estava ofegante, o ar quase que não saía dos pulmões. E ela queria tanto respirar! Queria tanto sair dali...
O bebe chorava mais. Tinha fome, tinha sede, queria carinho? Não sabia...sentiria aquele bebe a profunda tristeza da mãe? Poderia aquele bebe sentir que a mãe se abandonava no chão daquela sala escura, ás seis da manhã, num qualquer dia de Agosto?
Como tinha chegado ali? Mas que raio de merda, tinha ela feito ao mundo para merecer aquela dor? Aquele sofrimento silencioso? Não houve respostas e nunca mais as haverá. 
A mãe enxugou os olhos, levantou-se e caminhou na direcção do bebe. Pegou nela e a acarinhou. Ela que era a sua salvação. Da sua boca triste saiu um " A mamá está aqui! " como que dizendo que estava tudo bem...Mas não iria ficar tudo bem, as coisas iriam simplesmente se arranjar de uma forma ou de outra, mas a mãe sabia que a partir daquele dia...daquele maldito dia, sua vida ficava parada num chão negro e frio da sala. Que a felicidade só iria ser um oásis na sua vida, mas que a iria ver, em fracções de segundos, que a ia sentir...que o amor era algo que nunca iria conhecer de verdade. Que a paixão era efémera e rapidamente terminava como um fosforo que se acende e rapidamente se apaga. Que sexo não era amor...que dormir na mesma cama não seria amor. Que por qualquer motivo irreal e pouco racional o amor de verdade estava-lhe vedado, mas a mãe insistia que ia ficar bem e aos poucos foi ficando...o bebe cresceu, a mãe viveu em função dele. Respirou, sorriu, trabalhou, "amou" homens por segundos, momentos. Eles não tinham importância alguma, eram apenas objectos de prazer casual. O coração da mãe ficou pedra, deixou de acreditar, de ver a luz no meio da escuridão. Mas a vida seguiu, de uma forma ou de outra. Alguém ficou a olhar por aquelas duas almas até que elas pela lei da vida elas se extingam. Mãe e filha caminham lado a lado, a mãe já não espera nada da vida e apenas acompanha  a filha. A filha cresce sorridente, porque ainda vê o mundo dos seus olhos pequenos e verdes. Vê o mundo cor de rosa e ao seu lado vê o que pensa ser uma mãe confiante e fica descansada. Afinal a mamá está aqui!...

Lembra-te de mim

Guarda-me nas tuas memórias. Acolhe-me nos teus braços serenos com carinho. Eu sou a estrela que contínua a brilhar alto no céu, e que de ma...