Separar

Depois deste divorcio indesejado, mas necessário, tu foste embora e de certa forma nunca ficaste com nossa filha mais do que um dia. Agora queres como exigencia e reforçando a regulação do poder paternal, passar uns dias com nossa filha e ainda colocas a pequena na condição de ter de escolher entre a mãe e o pai.
Cortei logo com isso, pois minha filha não tem de escolher. Não por ser pequena, mas porque simplesmente não tem. Aceito que a leves e que fiques com ela, sabe deus em que condições e sabe deus, para onde a vais levar. Não, não confio em ti e sinceramente, não aceito que por tua causa, por causa do teu desejo, eu e ela tinhamos de estar separadas. Dei-te uma alternativa, mas vejo que me queres magoar. Vejo o prazer que sentes em me magoar. Não aceitas-te! Deixa, tudo bem!
Sinceramente, só aceito que ela vá, porque não quero ver ela triste. Não quero que ela se sinta abandonada. Não quero que um dia ela me culpe por não deixar estar contigo.
Sei que um dia, ela vai ver, como teus outros dois filhos viram, que pai és tu, que só fazes tudo
não por amor aos pequenos, mas para magoar as mães deles. Pareces só assim ser feliz!
Deixa, porque um dia...um dia...o feitiço vira contra o feitiçeiro.