E agora vamos travando nossas pequenas lutas, saqueaste mas não mataste ainda, por isso mantenho-me no campo, na luta, no jogo. Saboreio as vitorias que tenho contra ti e desespero cada vez que ganhas. A velha luta do " Porque raio fiz eu isto ou aquilo? Deixando que venças?" E é nessas alturas que percebo que nunca irei ganhar, não na verdade. E por mais lutas que dê, o dia virá que iras mesmo comandar minha vida, tornando-me apenas num recetáculo vazio, de outrora um ser vivente.
E por vezes como te odeio? Os pensamentos que fazes acontecer, surgir do nada. Inóspitos, incoerentes, desprovidos de lógica ou até por vezes moralidade. "Mas onde raio, vou eu buscar isto? " ainda me questiono, sentindo na verdade que estás a rir de mim a zombar da minha patética existência.
Eu sei então que não vou ganhar. Eu sei que um dia destes tu vais ficar de facto no comando. Manipulando minha vida e minhas açoes, porque sabes todas as minhas fraquezas, mas não vou sair de cena sem te dar mais luta, sem que por um pouco mais sofras com as minhas vitórias, em que eu simplesmente falo ou reajo no oposto do que sugeres e em que eu te olho de frente e digo com segurança de ser ainda dona de mim e da minha vida : VAI À MERDA.
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