sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

São Valentim

Pois é , mais um dia daqueles que, quando não temos namorado ou companheiro, ou como dizem as brasileiras, um ficante, queremos passar ao lado. Não podemos ir a lado nenhum sem encarar  os peluches, as almofadas em forma de coração. Os casais apaixonados ( ou nem por isso) . Enfim, uma beleza... :-)
Curiosamente, ontem á noite minha filha, entregou-me um cartão feito por ela na escola. Questionei-lhe sobre o porquê de me dar e lá diz ela, do alto dos seus seis anos:
" Mamá, o Valentim é para quem se ama mais no mundo todo e tu és quem eu mais amo."
Fiquei feliz ( e babada ) com a afirmação dela, mas tentei explicar que este dia é dedicados aos namorados. Não ao amor entre mãe e filha.
Lá diz ela : " Não. Eu sou pequenina e quem eu mais amo és tu. Não devemos dar o cartão do Valentim a quem mais se ama? És tu... "
" Então dá ao pápa porque ele é homem" tentei levar a coisa por outro lado.
" Não quero, eu gosto muito dele, mas ele nunca está comigo"
" Mas se lhe telefonares e disseres que queres dar o cartão, ele vem te ver, tenho a certeza." Insisti.
" Não! " respondeu aborrecida. " Quero te dar a ti. "
Aceitei com carinho, porque de facto do dia de São valentim pode ser dedicado ao amor, seja ele qual for. Seja entre homem e mulher, entre homem e homem, mulher e mulher, ou simplesmente entre mãe e filha.
O importante é o amor e eu percebi que o tenho, do tamanho do mundo, no coração de uma linda criança.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Despertar do Adeus

As vezes o sofrimento cega-nos e não nos deixa ver as coisas como elas são. Sei que não és de todo um santo e que tiveste tua culpa no caso. Seja porque pensavas que como eu era jovem e imatura a nível de relacionamentos, podias controlar e manipular, seja porque achas-te que eu seria uma boa queca e nada mais. Seja pelo que for, tiveste tua culpa e por ela e a dor que causas-te em prol de um falso amor teu , deves responder um dia, se é que ainda não o fizeste. Mas a  verdade é que o sofrimento fez-me ficar cega de raiva e rancor. Fez-me ficar absorvida na minha própria dor e eu não quis aceitar que não se pode pedir a ninguém que nos ame. Que na verdade não amavas e que de alguma forma tentas-te amar.
Eu hoje sei que sim.
Mas não conseguiste e por mais que eu queira falar mal de ti, dizer o pior de ti, a verdade e que se fosse comigo, no sentido inverso, eu jamais voltaria para quem não amava e certamente pediria o divórcio. Por esse motivo eu não vou poder mais te culpar. Não me amavas e isso não posso pedir que o fizesses ou que ainda o faças. Mas também é verdade que tu, sabendo bem dos teus sentimentos, alimentas-te esperanças. Alimentas-te sonhos, que não passavam de ilusões e castelos no ar e isso não tens o direito de o fazer. Nem a mim nem a mulher alguma. Se não amavas e só querias quecar sem responsabilidades ou compromissos dizias a verdade, eu aceitava ou não. Não tinhas o direito de dizer que amavas e que eu era a tua última esperança de ser feliz. ( Bolas como um ser humano se ilude, com palavras doces… :-( ) Não tinhas esse direito, mas fizeste-o. Não sei se tu acreditavas mesmo nisso, ou se querias acreditar…mas a bola de neve foi crescendo, veio o casamento, depois a nossa filha e mais uma vez tu achavas que podias aguentar, que podias despertar em ti algum sentimento e lá foste nesse barco. Mas verdade meu querido J é que tu não querias nada daquilo. Pelos menos não comigo. E eu? Eu lá continuava, com a suspeita no coração, porque uma mulher sente quando não nos amam, sente quando o amor é unilateral e não fluiu. Mas eu fingia e queria acreditar que estava a viver um conto de fadas. Porque eu amava-te de verdade...Quanta idiotice na verdade. Mas lá veio o dia que  para ti já era demais. Sentis-te que aquela situação não era mais sustentável para ti e ao fim de 6 meses após o nascimento da B, foste embora. Tivemos três patéticas tentativas de recuperar algo que não deveria ter acontecido á partida. Simplesmente eu não era a mulher para ti e tu não eras para mim. Mas foram precisas essas tentativas, para que eu percebesse finalmente, que não há forma de ter o que eu nunca tive. Que eu não posso pedir teu amor. E hoje, eu aceito essa condição. De certa forma aceito que tentas-te, mas falhas-te...
Infelizmente, continuas a falhar, mas já não é mais comigo. O divórcio foi de mim, mas parece que foi  também um divórcio da tua filha e por mais que eu insista para passares tempo com ela, a verdade e que tu não queres e não podemos te obrigar a nada. Tentas justificar, dizendo que vais vê-la quando queres e não quando eu quero, como se uma coisa tivesse que ver com outra! E como se eu fosse daquelas mães que alieniam seus filhos contra o pai. Quanto mais liberdade te dou para estares com ela, menos a aceitas!
Já cheguei a pensar que não tinhas coração, que eras um monstro sem sentimentos, mas a verdade e que és apenas um homem, com seus defeitos e com suas virtudes, porque as tens e eu reconheço-as. Mas és também um homem frio com tendência para magoar e isso já não vais poder alterar. Eu sou a prova viva disso. A B é prova disso. Merda, toda a tua vida é prova disso.
Para quê que escrevo isto? Nem eu sei. Talvez porque tenho de te deixar ir. Talvez porque chegou a hora de desapegar de ti…Tu já nem sabes que eu existo e eu estaria a ser minha inimiga se continuasse a insistir em castelos no ar. Castelos esses, que estaria agora a criar a mim mesma, pois os que crias-te, tu já os desfizeste... Bastou uma frase tua para terminar com tudo e eu não posso continuar a agarrar a nada.
Virá o dia em que a tristeza que tenho dentro de mim terminará. Anseio por este dia. E até esse dia chegar, vou levando a minha vida da melhor forma que sei e posso, com altos e baixos, mas sem magoar alguém e com toda a dignidade que me resta. Se até aqui me fechei numa muralha, chegou o dia de sair e começar a viver. Mas só o podia fazer pondo uma pedra neste assunto mal resolvido que foi o fim do nosso relacionamento e o amor que eu sentia por ti.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Escuta...

Não o meu coração, porque esse não é mais teu. Escuta minha voz, quando te digo que não quero falar mais contigo. Escuta minha expressão, que muda de um lindo sorriso para a mais triste das expressões, a raiva, quando te vê. Escuta meu olhar, que te dizem que nem se quer te quer ver.
Vai, parte para Espanha,  Brasil, Africa, para onde te sentires bem. Fica longe, bem longe e que Deus te dê uma grande lição. Aquele que tu mereces ter. Que a vida te presentei-e com o que mereces, olhando o que semeas-te.
Agora vai e não olhes para trás, pois podes virar uma estátua de sal, e para quem já tem um coração de pedra, não queres isso pois não?Afinal como poderias continuar tua vida, sem a unica coisa que tens para oferecer a alguém : teu corpo!? Stay away!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Regressar a mim

Do alto da minha muralha, no vazio do meu ser, no silêncio da minha alma, ouvi tuas palavras e percebi que tinha de lutar. Percebi que as barreiras fui eu quem as colocou e que estava na hora de sair. Embora confesso que era muito confortável estar na muralha. Era minha protecção.
Saí de lá, mas vou voltar, porque sempre tem um tempo que queremos estar sozinhos, para reflectir, para estudar, para reinventar, para renascer, para reconstruir.
Mas saio com a convicção de que a vida não será fácil nem segura, mas será aquilo que eu fizer dela. Para o bom e para o mau.
Nem sempre vou estar bem, mas nessas alturas eu tenho de saber esperar e ficar quieta, porque vai passar. Sei que as minhas escolhas não serão fáceis e provavelmente poderia fazer outras escolhas, mas vou seguir o meu instinto.
Sei o quanto me destrui e deixei que algo de mau me influenciasse, mas para tudo tem um basta na vida e para mim chega.
Regressei a mim.

Tu és a razão

O ser mais doce que este mundo já produziu. O teu ar sereno, as tuas doces palavras, o teu aconchego.  Teu abraço, quando as lágrimas teimav...