Poderia ser um enredo de uma novela.
Poderia ser argumento de um filme de mistério e drama. Poderia ser um livro. Mas a verdade é que se trata de vida real, com
pessoas reais, e infelizmente envolvem minha família. Mas tem cá tudo nesta
narração de vida. Tem as filhas sem a mãe, que morre de forma inesperada, tem o
pai que resolve casar novamente ao fim de seis meses da morte da mãe. Tem a
madrasta suspeita, com aspeto e ações de bruxa má. Tem o roubo das contas
bancárias. Tem o afastamento do pai das suas filhas. Tem a tentativa de deixar
o desgraçado doente e quase morto. Tem 3 filhas que tentam fazer tudo para
salvar o pai deste inferno, assim como assegurar que seu património não seja
ainda mais destruído e lapidado. Em resumo, tem tudo...até toda a injustiça que
tudo isto envolve. E apesar de gostar de um bom livro e filme com todo este drama,
asseguro que jamais desejaria isto para mim e para minha família. Viver na pele
toda esta injustiça. Atrevo-me até a dizer que nem ao meu pior inimigo
desejaria algo assim. A sensação de impotência perante as coisas é enorme. Os
dias passam, a justiça tarda e continuamos aguardar que se a justiça dos homens
falhar, que pelo menos a justiça divina intervenha. Sim, estamos há espera de um
milagre.
Antes de hipoteticamente assaltar
à mente a questão de que talvez estarei a ser radical nas minhas observações e
descrição do que estamos a passar no momento, asseguro que mesmo apesar de não
concordar com este matrimónio, aceitamos a decisão de nosso pai. Apesar de
acharmos que esta senhora tinha ar e carácter duvidoso, demos-lhe o benefício
da dúvida.
Mas a vida tem formas engraçadas e um
tanto mordaz de nos fazer ver e trazer à luz do dia as atitudes medíocres,
incorretas e totalmente cheias de maldades desta senhora que casou com meu pai
e de seus filhos. Fez-nos chegar às mãos a confirmação de que meu pai estava a
ser drogado com excesso de comprimidos para dormir. Chegou-nos às mãos confirmação
bancária do roubo de todo o dinheiro da conta do meu pai.
Como é possível roubar a conta, podem questionar?
Eu digo...conta solidária. Deus como meu pai foi burro...
Tivemos confirmação de que o dinheiro
foi usado para pagar dividas da filha mais nova da nossa madrasta e ainda para
que esta criasse uma empresa (que para que não tivéssemos forma de hipotecar,
está em nome do sogro dela) e entrega sabe-se lá desde quando o cartão MB do
meu pai, para que a filha mensalmente use e abuse do dinheiro que meu pai
recebe de reforma. E meu pai come enlatados, bolachas de água e sal, chá e pouco
mais.
Mesmo depois de termos confirmado e serem admitidos pelas ladras, estes
roubos, a dita filha, ainda retira 900€ da conta. Pois é...eu sei, sem
palavras...
Agora entramos com ação em tribunal e estamos no limbo, pois tecnicamente ela é casada com meu pai e vai-se lá perceber
isto, tem direitos. E esses direitos, são superior aos direitos dos filhos de
agir e salvar a vida do pai e seu património. A injustiça é tanta que chega a
causar palpitações cardíacas, stresse, ansiedade, falta de apetite e uma
vontade enorme de desistir...Mas como é que a justiça é tão cega assim? Quem
inventou estas leis?
Este limbo é infernal. Atroz.
Devastador. Procuramos justiça. Manteremos a esperança de que Deus nos ajude,
porque nas missões impossíveis, parece que o inexplicável por vezes ocorre e
dão-se verdadeiros milagres. E eu quero tanto acreditar em milagres...
1 comentário:
Injustiças dessas é o que mais se ouve nos dias de hoje. As pessoas já não sabem respeitar ninguém. Tenho também algo parecido, só que no meu caso eu era muito pequeno quando meu pai casou de novo e com a nova esposa construiu uma vida, casa, novos filhos, etc. Não vou dizer que não fiquei magoado, porque fiquei. Mas hoje, passados tantos anos, tive de aprender a aceitar e viver com tudo de mau, que veio nesse casamento. Mas entendo tua historia e pelo que pude ler, não conhecendo obviamente o outro lado, acho que deves lutar pelo que é vosso. A lei, essa já sabemos que e cega, mas por vezes ela funciona. Mantém a fé.
Enviar um comentário