Um forma diferente de amar

Foi com o desgosto que aprendi a dar real valor ao amor e as coisas boas que este nos proporciona.

Foi com o desgosto que aprendi que não somos donos de ninguém e que nada é absoluto e eterno.

Foi com o desgosto que aprendi a saborear o presente sem pensar muito no futuro.

Foi com o desgosto que aprendi que se pode amar ardentemente alguém, por dois dias, um mes, um ano, ou a vida toda. Porque o que interessa é a forma como encaramos esse amor.

As vezes, fico a olhar aquele corpo jovem, que dorme a meu lado, sem pensar muito no amanhã. Apenas agradeço estar ali comigo naquela noite, olho para ele e penso como estou grata a Deus por o ter trazido para a minha vida. Porque sem ele mesmo saber, fez-me esquecer o J, fez-me sentir vontade de viver. Despertou em mim o desejo, a luxúria, a paixão. Eu não olho para este amor, como olhava para o amor que sentia pelo J. Eu olho este amor, com carinho, com valorização equilibrada. Não penso nele com um futuro, porque esse é incerto, e melhor que seja algo deixado ao acaso.

Prefiro ter um homem, que a meio da tarde, me manda sms dizendo que não consegue se concentrar no trabalho, porque eu não saio da cabeça dele. Que as duas da manhã me telefona só para ouvir minha voz, porque sentiu saudades. OK, ok, estou na fase da paixão, da descoberta e é tudo muito bonito, mas a verdade e que eu mesma encaro este amor de forma diferente e acho que ele também. Ninguém quer voltar a se magoar, por isso é como meu novo amor me diz : Eu contigo jamais me vou chatear...nem que um dia, tu decidas que eu nunca mais te veja ou toque.

Não sei até que ponto aquilo que me diz é verdade, o que eu sei, é o que sinto e o que sinto é uma forma diferente de amar e estou a adorar.