terça-feira, 3 de outubro de 2017

Este medo que me destrói...


É normal sentir medo. Todo ele serve para estarmos alerta. Serve para criar resiliência.

Em pequenos temos medo do que hoje consideramos ridículo, mas que na altura eram dantescos. Medo do escuro era o mais comum... Eu tinha medo da trovada, especialmente do som que esta fazia.
Contudo, quando cresci fui perdendo os medos. Podia ficar ansiosa com algumas situações, mas não considerava medo. Medo mesmo, em si, tinha apenas de perder meus pais, depois minha filha. Nem da morte ou de morrer eu tinha medo.

Mas a vida é feita de ciclos e neste momento sinto medo, que o posso considerar irracional, pois a lógica está cá e atenta. Não não consigo evitar. Dou por mim  a ter medo de tanta coisa. E este medo permanente, leva-me a um estado constante de inquietude.

Melhor arma contra o medo será enfrenta-lo, mas este ciclo da minha vida, leva-me a ter medo de ter medo. Sim, é verdade. Ridículo... E não o enfrento. Estou numa fase de introspecção e creio que ter medo até pode ser normal, em determinadas circunstâncias, não fora o fato de que me destrói...

Aos poucos retomo a mim, a morte de J ainda anda aqui a causar estragos e até perceber que não estava bem resolvida, não conseguia seguir em frente. Felizmente pela vida, que vai dando aqueles chocalhar e alertas, colocando-me numa posição de estar atenta e acordar.

É verdade que sinto saudades dele. Da sua voz. De saber que estava ali se eu precisa-se. 
Mas a vida é como é e aceitar é sempre o caminho. Por isso tenho de enfrentar meus medos ridículos. Nunca fui cobarde e não irei certamente agora começar a ser.
Digo um BASTA ao medo e não vou deixar mais que me destroa. 

Sim será difícil, mas o que é fácil nesta vida?


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