sábado, 26 de agosto de 2017

No limite

Vou e venho. Subo e desço. Corro e vou devagar.
A constante está aqui e no entanto desejo que não esteja. 
Olha a pedra robusta, que por baixo de si criou uma lar acolhedor. Esconde quem procura a solidão. O sossego. A paz. 
Procuram quem lá esteja e tentam resgatar. Mas será que quer ser salvo? Já lhe perguntaram...?
Debaixo da pedra robusta, dá para sentir o sol. A brisa do mar. A chuva. O frio do inverno. Mas está em segurança. Não espera nada de ninguém. Nem ninguém espera nada de si.
Não resgates quem quer ir para lá por algum tempo. Só aquele tempo que necessita para meditar. Ponderar e descobrir o que fazer dali para a frente. 
O mundo não gosta de pessoas pessimistas. O mundo não te quer aqui...sai pessoa nojenta que só lamentas... Ocupas espaço e respiras o ar que outras almejam ter. É mais fácil por de lado do que tentar entender e ajudar... por isso vai embora para debaixo da pedra robusta e resguarda te tu destes seres que de humanos têm tão pouco...
Não vais qual minhoca suja e nojenta, arrastando te pelo chão. Vai como guerreira, pois até mesmo o maior dos guerreiros, precisa de orientação um dia. Precisa de meditar.
Olha e vê a vida de quem te julga. De quem tenta te calcar. De quem pensa que já te conhece, mas está redondamente enganado...Não quero nem mais pensar, no que andam a indagar e imaginar...
Vou para a pedra...vou meditar.
E se o erro for meu. Se sou eu quem anda aqui por andar. Tenho esse direito, tenho do direito de tentar.

Atingi o meu limite...


1 comentário:

Selena disse...

Um texto muito sentido e com tanto para dixer. Tanto simbolismo para perceptível a quem está a viver no momento o k esta a autora a sentir. Muito bom.

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