No meio do jardim plantou talvez a árvore mais simples de todas, mas a mais especial também. Ela é forte mas ao mesmo tempo delicada e sensível. Esta árvore é de facto a mais especial. Aquela que olha com mais carinho. Nela repousa as folhas mais belas e as gotas de orvalho mais puras.
Esta árvore de aspecto franzino, alberga em si as emoções das pessoas. Alberga a almas de quem é puro, humilde, sincero. De quem ama incondicionalmente. De quem se preocupa, de quem partilha. De quem é genuinamente humano. Deveria ser a árvore que continha mais folhas e gotas de orvalho, mas na verdade é a que menos tem. No inicio era uma arvore robusta e tinha tantas folhas, que não se viam os ramos e a árvore podia sofrer tempestades que nem uma caía. Mas agora não é mais assim...as folhas vão se perdendo. As gotas do orvalho, outrora saciadoras das folhas, são negligenciadas e embora ele pudesse perguntar porque que as folhas foram caiando? Porque foi que as pessoas perderam a sua capacidade de sentir e fazer o bem, não vai ter resposta. Nunca há verdadeiramente resposta para aquilo que é como é.
Aceitar a árvore tal como ela é e tal como está não é tarefa fácil e deixa o coração apertadinho de tristeza, não era certamente o que desejava, mas é o caminho para poder chegar no fim e mesmo restante uma ou duas folhas, ficar feliz com isso...
2 comentários:
lindo.
Aceitar, aceitar, aceitar....até um dia.Na vida tudo tem prazo de validade, algumas coisas por mais sólidas que sejam até acabam quando menos se espera ou contra a nossa vontade, pelo que Aceitar também está irremediavelmente condenada ao fracasso.Vais ver!!!!!!
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