«Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz, outras, regressa feito numa bola de trapos, é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado.» Margarida Rebelo Pinto
Não podia ser mais verdade esta afirmação. Tentamos reconstruir nossa vida, mas existe algo que nos falta. Eu mesma, refiz minha vida. De forma consciente, decidi permanecer sozinha, pelo menos por enquanto. Para aprender a gostar de mim, para cuidar melhor de mim e da minha filha. Para aprender a não depender de ninguem a nivel sentimental. Mas...
O certo é que meu amor por ele não morreu, creio até que não morrerá nunca. Restam as memorias de um passado triste, mas tambem com lindas parcelas da minha vida, em que por instantes, por breves instantes tudo estava da forma mais perfeita de ser. A diferença agora é que eu consigo falar do meu amor pelo J sem chorar, sem sentir raiva ou rancor. Sem sentir tristeza.
Mas tem dias ainda, não vou mentir, que meu coração sente sua falta. Tem dias em que fica dificil de entender toda esta separação, todo este desamor. Tem dias ( e felizmente são cada vez mais raros) em que me pergunto, como tudo isto foi acontecer comigo? Como me deixei enganar por esta pessoa? Será que é o amor que é cego, ou somos nós que o queremos cegar?
Sem comentários:
Enviar um comentário